Vivemos em uma época onde a perseguição aos cristãos não é apenas um dado histórico relegado aos primeiros séculos do cristianismo. Ao contrário, há uma hostilidade crescente contra aqueles que professam a fé em Cristo, variando desde violência brutal em países totalitários até uma repressão velada por meio de mecanismos estatais e culturais em sociedades ocidentais.
O Crescimento da Perseguição
De acordo com o último relatório da organização Portas Abertas, pelo menos 50 países apresentam um alto índice de perseguição anticristã, com destaque para a África e a Ásia. A Coreia do Norte permanece como o país mais hostil ao cristianismo, onde há campos de prisioneiros políticos para aqueles que são descobertos lendo a Bíblia ou participando de encontros de oração. Recentemente, 10 cristãos norte-coreanos foram capturados na China e deportados para o regime de Kim Jong-un, sendo enviados a esses campos onde enfrentam torturas e trabalhos forçados.
Na África, vemos massacres sistemáticos promovidos por grupos islâmicos radicais, como no caso do Congo, onde católicos foram degolados simplesmente por se recusarem a renunciar à sua fé. A Somália, a Nigéria e a Eritreia também estão entre os países que apresentam níveis altíssimos de perseguição.
Na América Latina, a Nicáragua se destaca pelo endurecimento de um regime anticristão, que condenou o bispo Álvarez a 26 anos de prisão. O México e a Colômbia também figuram na lista de perseguição, onde padres são assassinados por cartéis e milícias que enxergam a Igreja como obstáculo ao crime organizado.
O Uso do Estado e da Cultura na Perseguição
Se em alguns países a perseguição ocorre com sangue, no Ocidente ela se apresenta de forma mais sutil. O fechamento sistemático de igrejas na França, a criminalização de posicionamentos cristãos sob a desculpa de “discurso de ódio” e a crescente censura contra valores católicos mostram que a guerra contra Cristo também acontece em território europeu e nas Américas. Esse cenário nos mostra que a fé está sob ataque não apenas por meio de violência física, mas também através de um ataque ideológico e cultural.
A perseguição contra os cristãos é uma realidade inegável e está se intensificando. Se não reagirmos agora, o futuro da Igreja poderá ser ainda mais difícil.
Que Nossa Senhora nos inspire e fortaleça, e que possamos ser fiéis ao chamado de Deus, enfrentando os desafios de nossa época com coragem e determinação.